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Porque hoje é domingo

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Por ser domingo apodera-se de mim um fastio, um desalento no corpo, uma vontade mórbida de nada fazer. Por ser domingo esta monotonia deixa-me desassossegada, sem vontade de falar. Por ser domingo fico prostrada no sofá sem desejos de sair, agarrada à manta quadriculada quente e fofa. Por ser domingo apetece-me não apetecer nada. Serei a única sem vontade só porque é domingo?

O varrer dos armários

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Aqui, no meu rural, o Dia de Santo Amaro marca o fim das Festas, o dia em que se desmancha o pinheiro e se guarda todos os ornamentos do Natal. Ontem e hoje é dia de varrer os armários ou seja, comer tudo o que restou do Natal. É o momento de guardar os frascos de licor. Por esta época as pessoas reunem-se em casas de amigos para dar fim das iguarias da Festa. Como manda a tradição, e eu sou rapariga de cumprir à risca, logo vou a casa de amigos para "varrer os armários". Ora bem, aqui deixo umas quadras da época Dá-nos licença de entrar Ó minha rica vizinha Queremos varrer os restos Que sobraram da lapinha Vamos varrer a lapinha Deixai-nos entrar senhora Trazemos connosco a pá E também a vassoura É o Santo Amaro Que hoje aqui vem Varrer dos armários Os restos que tem. Por isso meus e minhas darlingues hoje é dia de festejar o santo. O Santo Amaro.

E perguntam vocês o que tenho a dizer sobre o assunto

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Ora bem, deixa-me cá ver se arranjo uma boa desculpa para esta ausência de dez meses. (Chiça, caramba! Nem me dei conta do tempo!) Tenho viajado. Certo? Tenho brincado mais e jogado...aquele Candy Crush, jogo do demo daí que o blogue ficou a um canto. E pensava: recomeço ou não?!? Moi-Même, aquela bicha danada da minha empregada coreana, enchia-me a cabeça de ideias, eu refutava-as todas, dizendo" tu namatentes com isso"! Mas ela não parava de m' atormentar!... E foi ficando o bichinho....E Moi-Même que não se cansava de dizer para recomeçar... Mas sabem, não tinha uma ponta de saudade... tMas agora "ou vai ou racha"...E tanta coisa se passou ementes eu hibernava!

Sexta-feira dia 13

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Usando as palavras da minha Baixinha, a neta de oito anos sempre pronta a responder, assim como eu, prontes, dizia ela para não me preocupar pois que é um mito. Ora bem, eu sou rapariga dada a medos e superstições, mas é coisa que não me atemoriza é mesmo sexta-feira dia 13. Logo eu que tenho amor pelos gatos pretos, tenho vão de escada por onde passo muitas vezes, mas também tenho uma cruz de alecrim debaixo do tapete para evitar os maus-olhados e deito uma pitada de sal para trás das costas. Viram? Não sou supersticiosa, mas não vá o diabo fazer cenas....

Lugares de sonho. Londres para sempre

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Sentada na minha cadeira de braços ao lado da Pulga, a Maiveilha, dou por mim absorta em pensamentos bons, de lugares por onde este corpo danoninho já andou. Lugares esses cheios de memórias boas outras nem tanto. Recordo-me da última vez que estive em Londres e foi precisamente em Novembro passado, para o funeral do meu irmão. Oras, Londres, para mim, é a minha casa. É o sítio recorrente quando o dinheiro não abunda para acalmar o desejo de viajar. Quando uma vontade mórbida de arejar se instala no pensamento e fica a moer. Em banho-maria Londres. Só a pronúncia da palavra me deixa de água na boca...

É difícil recomeçar

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Seja em que situação for o recomeço custa um pouco, até mesmo na vida virtual. Refiro-me ao blogue. Parece que não é meu. Tenho a sensação que estou a escrever em algo que não me pertence. Eu que tinha está vida tão entranhada em mim agora só to-me como se fosse colocada aqui num sítio estranho. Imagino que os casais que se separam sentem-se exactamente como eu. Pegar em algo nosso e tentar de novo. Mas vou superar sta sensação de intrusa num espaço que é meu e que em tempo amei mais do que tudo no mundo. Tempo, preciso de tempo para me habituar.

Dia de folga

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As Minhas Pulgas deram-me um dia de folga e aproveitei para as trocas de Natal. Não sou apologia de trocar o que se oferece, costumo ficar com a prenda, mas quando já tenho, claro que troco, obviamente. "Para a minha irmã", livro de leitura obrigatória para quem, como eu, adora um bom enredo. Mas já o tinha. Oferecido por alguém a quem muito estimo e que já não se encontra entre nós.