Assim que acordei (e passava meia hora do meio dia horas da tarde, podem me chamar de calaceira que não oiço), dei corda nos sapatos e pus-me a andar para Ponte de Lima. Eu cá não sei a razão de querer lá chegar, mas de uma coisa tenho a certeza, vou falar até doer os queixos, pois espera-me uma boa semana de conversas; é o que acontece quando duas madeirenses se juntam num lugar alheio. E toca a dar volume na língua e desenferrujá-la que já estou calada há muito tempo (desde quinta feira, altura em que o bisalho foi pá lua. Lua de mel, se bem sabem). Darlingues, vou sozinha, mai Deus já que Ele tá em todo o sítio, por essa A3 acima. Se virem um cascailho, um qasqai por aí a subir lentamente na faixa da esquerda (é que sou canhota), podem businar, fazer gestos feios, mostrar o dedo do meio e seus parentes, mas vou como se fosse de tractor ou de carruagem, é cu carro não é meu, não senhora, é do bisalho, vai daí foram tantas as recomendações: "não subas passeios",