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A mostrar mensagens de agosto, 2010

Mudou e ninguém lhe disse?

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Antigamente a gente dizia-se: uma "bexiga d´água". Olha, agora é uma bolha! - Hã? - Agora é uma bolha? Diz-se...bolha, quando temos uma bexiga d´água nos pés? A minha tia-velha, ao ouvir /ver um "reclame" (anúncio) na televisão.

Mas o que faz esta criança sozinha na praia?

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Pulga, 4 anos, no areal do Porto Santo, contemplando o mar.

E sai um poema...já que estou a chorar!..

Há coisas na vida que não se podem esquecer. Momentos que nos fazem chorar. Hoje chorei muito! Olhos inchados... Lenço à mão... Fungadelas e assoadelas. Tenho o nariz inchado, vermelho, dorido... Não consegui parar... Por muito que tentasse... Haverá alguma vez que não chore? Acontece-me sempre Estou farta desta situação... Vou tentar mudar... Hoje... Mais do que as outras vezes... Fizeste-me chorar sem parar...   Basta! Estou farta. Nunca, nunca mais...  Tomei uma decisão. Vou mudar de hábitos... Mudar de sistema... Vou esquecer que existes... Não te procurarei...jamais... Desaparece da minha vida. Estes olhos...não chorarão mais por ti.. Ou por tua causa... Não te perdoo. Todas as lágrimas que derramei... Odeio-te. Sim, odeio-te. É p´ra ti que estou a falar... Ó cebola malvada !!!

Será moderno ou eu é que sou antiquada?

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  Tenho reparado que hoje em dia esta malta nova sempre que é para a fotografia, colocam-se com a cabeça à banda, língua de fora, dedos indicador e médio em < ou >, mas metido à frente dos olhos. Fotografias com cigarro na boca ou entre os dedos, mastigar chicletes e fazer bolas, isso pertence ao passado. Tá out. A nova moda é pôr língua fora da boca e quanto mais parecido com um cachorro cansado, mais in. Lindo!!! Olha, cá no meu tempo, ai daquele ou daquela que ponha a língua de fora para o retrato, levava logo uma selampada  nas beiças que elas ficavam inchadas, nem precisavam de silicone. E era ver-nos a colocar aquele sorriso pepsodent na faceira. E estar quieta que nem gato à espera de rato. Língua de fora? Credo, que moda!!!

Falar à política com cagança

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      (Retirada do site do Fisher-Price) Duas Pulgas discutiam por causa de um andador/triciclo dos primeiros passos, igual ao da imagem de cima. Elas não precisam, mas enfim, discutem por causa dele. - Dá-me o careeeeeeeeeiiinho ! - Diz a Pulguinha do alto dos seus dois anos e muito senhora do seu nariz. - Não é careeeeeeeeeiinho . É carriiiiiiiiiiiinho ! - corrige a Pulga de cima dos seus quatro anos e como mana mais velha cheia de "cagança" e sabedora quanto basta, armada a "falar à política". Sim, digo certo, "falar à política" diz-se quando alguém fala à continental. Cagança é... peneirenta, gabarola, vaidosa, estar orgulhosa de algo feito...

Fim de semana, pois então!

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Não sei se o mê senhor deu pela minha falta. É que ele está a lavar a loiça.  Ontem foi de festa cá no rural.  O meu bisalho convidou família e amigos para a sua atrasada festa das 26 primaveras, ou antes 26 verões. A loiça amontoou-se na cozinha.  "Atão" o meu senhor é que é máquina cá da casa. Ainda não me chamou. Deve pensar que estou na "casinha", mas assim que dê o tempo suficiente para fazer as..necessidades, vai chamar-me. Ora se vai, não tarda nada. Um...dois...três. Não foi desta...ainda. Eu até costumo dizer que a primeira palavra que ele disse quando começou a falar foi o meu nome. Bem, mas vou ver como está a loiça a julgar pela foto e pela cara, nem digo nada. Depois conto. Ahhhh, "aquase que mesquecia" de desejar: BOM FIM DE SEMANA. E ... by the way (agora é chique, chiquérrimo escrever estas expressões em inglês) ando atrasada nas visitas aos vosso blogues. Mas quando a rotina se "estalar" eu

Ler os pensamentos do outro

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Isto de se viver com a mesma pessoa há mais de 32 anos (ena pah!! ) é na certeza, conhecer os seus pensamentos e intenções. E os seus ressonos também! Não há duvida. Uma que adoro. AvoGi Por muito que se esconda  um pensamento ou atitude há sempre uma ponta solta que se desmancha. Que se descobre.  E transparece. Sim, ao fim de muito tempo tornamo-nos transparentes como água na fonte. O mê senhor entra pela porta dentro, não com uma, não com duas, não com três, não com quatro, mas sim com...oito vasos de phalaenopsis.  O que é certo é que eu pressenti.  Logo à chegada já eu lhe gritava:  "Verdes. Eu quero verdes". Ou amarelas, às pintinhas, riscadas, às bolas.  Mas azar dos azares só havia: branca e rosa.

Não dá ponto sem nó

Minha tia, ao ver um par de calças minhas para fazer bainha, resolveu ajudar-me. Disse ela: "- P´ataliviar de trabalho!". Ainda confiante, pensei." Será que vai dar certo? Ela era costureira !!! Já não tem cataratas!!! Ah mãe! Agora em vez de um trabalho tenho dois: desmanchar "o alívio" que ela me deu e fazer a bainha de novo. Era cá cada ponto e cada nó!! Levei mais tempo a desmanchar do que a embainhar.

A propósito de: não enjoar

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Nós madeirenses aplicamos o verbo "enjoar" como sinónimo de mau cheiro em vez de má-disposição´. Quando dizemos:" esses pés tão enjoando " referimo-nos ao mau cheiro e não à má-disposiçao dos pés. É comum ouvirmos dizer: - Credo ! Que enjoo! - referindo-se ao mau cheio.           não são os meus pés, eles não enjoam. AvoGi E se alguém dá um pum, em português de Portugal um flato que em madeirense os flatos são: puns, peidinhos, ventos, traques, fófó bufas (desculpem as palavras, mas com asteriscos a substituir letras na palavra não é a mesma coisa) dizemos que deu um...enjoento ou uma...enjoenta.  Ou então "abriste-te?"             Claro que para não "rabicar" e esta é que é a palavra usada para vomitar, não há nada como deitar tabaco (rapé) no "imbigo", cheirar lascas da bacalhau e /ou comer azeitonas durante a viagem. Que para não enjoar (cheirar mal) temos de tomar banho (foi o que fiz). E para não enjoar/marear

Como está bem treinada

Chegaram do teique auei (inglês)   os filhos, genro, nora e netas. Em casa eu, o avô e o Pulguito esperávamos pela comida. Entraram com os sacos e logo a Pulga vai a um, mete a mão lá dentro, agarra na conta e... - Avôôôô. Isto é para ti. Humm , não haja dúvida!!! Souberam treinar bem a gasguita!!!!

Hoje...

 ...Apetece-me esticar as pernas no areal, usar os dois metros quadrados de areia que me pertencem, colocá-las mais altas que a cabeça, descansar do muito trabalho que tenho tido. (Tenho?) Esquecer o que se passa à volta... Hibernar... E ler... Somente...ler. A dúvida é: não sei por qual comece... E se as Pulgas me deixam...esticar as pernas...e ler!!

Comigo deu resultado: não enjoei

A melhor forma de não enjoar quando se viaja de barco (ou de avião) é .....tomar banho antes da viagem. Não enjoei. Pelo menos ninguém se queixou. Mas havia gente a enjoar!!! Belhac, cu cheiro!!

É já hoje

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É já hoje que a  autora deste blogue se encontrará nesta ilha para aquela que será  sua primeira deslocação depois de ser conhecida como AVOGI. Entre as 12 e 20 horas estará no areal para distribuir bonés, camisolas, chapéus, autocolantes, pins, guarda-sóis além de canetas e blocos de notas. Os interessados em autógrafos terão de usar a caneta e o bloco de notas distribuídos.  Não são permitidas máquinas fotográficas nem câmaras de vídeo. Para qualquer informação dirija-se ao seu agente.

E "aquilho"é que vai ser bilhardar!

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     (Fuerteventura- Canárias. Agosto 2009 Esta Pulga transformou-se numa "bilhardeira". Ainda hoje esteve mais de quinze minutos ao telefone comigo a fazer o inventário das férias.                 E nem parava para descansar. Nem para engolir a saliva. É uma "tramela". Nem eu tive direito de resposta. Também não lhe fiz perguntas... porque não me deixou espaço para tal.  Vai contar-me tudo. Ora se vai. Em pormenor com os pontos nos iiiii e traços nos ttttt. Já lavei as orelhas bem lavadas. Não quero perder pitada da conversa. É que quando começa, dificilmente acaba. Já deve ter feito o repertório!

Obrigada Sofia

Sempre pensei que ter um blogue me desse muito prazer e muitas alegrias entre elas a de poder escrever estes retalhos da minha vida e de transmitir este humor que faz parte de mim.  Mas acima de tudo e principalmente poder ler, escrever e falar/comentar com outras pessoas mesmo sem podermos trocar beijos, abraços e outras ternuras.  Hoje vieram-me oferecer figos. Uma leitora e comentadora deste humilde espaço a propósito do meu amor (louco) por figos. Bem que (aqui ) no artigo , ela, no comentário dissesse e passo a citar...:" Vamos lá ver se chega uma encomenda de figos à sua casa. Não sei se a figueira tem figos, amanhã logo digo alguma coisa. Esperemos que não tenha passado nenhuma Avogi de 2 metros por lá. ;O) Sofia Não me esperava! Não que duvidasse da palavra da Sofia, mas deslocar-se até minha casa com uma mão-cheia de figos e bêberas!? Não, não estava à espera! Este gesto transcendeu-me! Fiquei sensibilizada! Obrigada Sofia. Por teres-te lembrado de

No "orioporto"

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  (Aeroporto do Funchal.Captada com o meu telemóvel) Fomos ao "orioporto" (como alguns madeirense dizem) buscar o meu filho. A Madeira é uma ilha grande (ironia) e como tal o aeroporto também é grande (ironia novamente). E a  pista é tão grande que vemos toda a sua extensão. É tão grande, mas tão grande que aterram prá i uns 50 aviões e descolam outros tantos ao mesmo tempo.(Chiça, isto é que é regar!!!) A verdade é que vê-se o avião vir na linha do horizonte sobre o mar desde o Este até ao Oeste para começar a fazer-se à pista. Mas aquela volta...em cima de Santa Cruz...com uma asa a bater no mar e a outra a apontar para o céu... e que parece... sim parece... que vai virar de papo para o ar!! Ou arrastar a asa pela pista!!! É nessa altura que o coração começa pum-pum...pum-pum...pum-pum...pumpumpumpum . A apertar. A querer sair pela boca. E é aquela sensação de frio na barriga, de tremeliques nas "canelas" e uma "zuada" no zouvidos . N

Não sou esquisita

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(Colar de rebuçados característico dos arraiais madeirenses)    Se há coisas que não gosto é de beber café num copo de plástico. Daqueles de usar e deitar ao chão (bem, no chão não, mas jogar para cima de uma árvore ou na pior das hipóteses...à cabeça do empregado). É que não me sabe bem. Perde o sabor.  Para mim...é...como chupar um rebuçado com papel.

Fim de semana, pois então!

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 A todos os que por aqui passam tenham um longo fim de semana cheio de coisas boas e doces assim como uma bola de Berlim. O meu vai ser óptimo. Como se quer. Com o meu bisalho debaixo das asas da mãe e nos preparativos para férias. (Outra vez? Caramba!!!)  A todos UM BOM FIM DE SEMANA. Saiam com cuidado. Não batam com a porta. É que o meu bisalho está a dormir!!! Ele é parente do morcego (primo em oitavo grau) e como tal, caça (farra) de noite e de dia dorme. Xuuuuuu!!!! Devagarinho!!!

Tou aqui que nem posso!

E  a barriga já conta com dois quilos de figos. Estou prestes a rebolar. Ou a estalar! Ai,  mas como estou cheia!! Comi que nem um alarve. O meu vizinho ou lê o blogue, ou eu sonhei alto e ele ouviu, ou o diabo disse-lhe e antes que eu fosse lá roubar os deles, que por sinal são lindos, grandes, melosos, abertos; bateu-me à porta com um saco e vinha....vender. Pensavam que ele ia dar? Cá nada, ele não é de dar água a pintos. É um "furcas". Bem que me podia ter oferecido!!! Vendeu-me dois quilos (bem pesados) por 9 euros. Eu ainda ripostei que eram caros, mas ele fez ouvidos de mercador. Mas, soube-me como se estivesse às portas da morte e matasse um desejo. Será que me vai dar "da barriga"? É que foram todos!!

Figos, esses malvados!

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Adoro figos (e bêberas e tabaibos e ...) E por gostar tanto de figos e por serem caros (6 euros), não resisti a roubar. Dizem que a ocasião faz o ladrão. Nada mais verdadeiro.                                              Passava eu debaixo de uma figueira quando olhei e vi aqueles malvados cheios de mel no bico. A escorrer. Pensei: "Ai se era de noite!" Mas eu sou uma mulher que quando se lhe mete algo na cabeça é o inferno. Deixei anoitecer e... Voltei à figueira. Mas...o que me sobrava em coragem para roubar, faltava-me em estatura. Estavam altos, demasiados altos para o meu comprimento, por mais que me esticasse. E como me estiquei!! Pus-me em ponta de pés, fazendo inveja à Margot Fonteyn. Nem ela conseguiu tanto!!                                            Apanhei um. Apenas um.                                         Vim triste com um figo na mão!!! Um?! Não dá nem pá cova d´um dente. Mas isto não fica assim... Não, que eu não deixo que esses

Tabaibos ou figos da Índia

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Os tabaibos também são conhecidos como figos da Índia. São os  frutos das tabaibeiras ou Figueira da Índia.  São espinhosos, suculentos. São cactos e como tal, tanto a planta como o fruto são  espinhosos. Há frutos verdes cuja polpa é branca e frutos amarelo/avermelhados com a polpa laranja ou vermelha. Esta planta encontra-se espontaneamente na encosta sul da Madeira e no Porto Santo, em lugares quentes e secos, onde a água disponível, é aquela que provém da chuva. Originária da Jamaica é um dos frutos mais procurados no Verão, visto que são muito suculentos e refrescantes, sendo o seu sabor realçado depois de uma “breve” passagem pelo frigorífico. As variedades distinguem-se pela cor da polpa do fruto, que pode ser branco/esverdeado por dentro e verde  por fora, laranja ou vermelha sendo a casca vermelha. Os comercializados  cá na região são os verdes. Geralmente são vendidos já sem a casca. Todo o cuidado é pouco quando pretendemos comer tabai

Frutos de Verão

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Para mim, e falo exclusivamente de mim, pois que há gostos diferentes, as frutas que me lembram o Verão não são nem melancia nem melão. Olha, até rimei!! Sou poeta sem saber!                                                          Não há nada como trincar uma grafada de tabaibos, uma mão-cheia de ameixas, sejam elas de sangue, de pêssego, de ananás, de coração, de damasco, amarelas..., uma "safatinha" de figos...ai figos...esses danados que me põem com a  beiça colada uma na outra!!  Sem poder falar!!!   Fotografia: tabaibos, retirada da net, no Mercado dos Lavradores, Madeira

Há muito, muito tempo

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  Corria o ano de 1984.  Um verão de calor, de vento leste, de suave brisa quente que me punha a transpirar por todos os lados. A barriga crescida, com 18 quilos a mais no corpo, era de esperar que rios de transpiração corressem cabeça abaixo até se alojarem no sítio por onde ele haveria de sair. Há muito muito tempo eu desesperava. E esperava. Até que... No dia 18 de Agosto pelas 12:50 resolveu dar mostras de querer ver o mundo. Não esperou que o médico chegasse. Não.  Rasgou caminho fazendo-me levar uns quantos pontos devido à sua pressa. Quase que batia com a cabeça no chão, não fosse a rapidez com que andei até chegar à sala de partos.  Há muito muito tempo... Há 26 anos atrás estava eu a sofrer o pós-parto.                 

Regras de poupança de água

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As regras/etapas que vou enumerar são segundo a minha tia-velha. 1ª - Chegar à pia da loiça e abrir a torneira no máximo se possível; 2ª - Procurar um copo na área de escorredor da loiça; 3ª - Dar quatro passos lateralmente com a ajuda da bengala e agarrar no copo, caneca, chávena o que  estiver à mão; 4ª - Regressar à torneira, desfazendo os quatro passos dados; 5ª - Colocar o copo (ou outro) debaixo da torneira; 6ª - Encher até derramar; 7ª - Beber e deitar fora no ralo o excedente; 8º - Lavar o copo,  mas para isso ter de se deslocar quatro passos até à esponja; 9º - Colocar o copo lavado na zona do escorredoiro, dando novamente os quatro passos até lá; 10ª - Fechar a torneira. Regra básica de economia de água: nunca, mas nunca fechar a torneira durante as etapas.

As Minhas Phalaenopsis

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AvoGi AvoGi Avogi Como dizem os nossos irmãos brasileiros: "eu amo de paixão" as Phalaenopsis. Tenho algumas e por assim dizer, tenho sorte. Também é certo que cuido delas: deito auguinha , falo p´ra elas, dou-lhes música (esta aprendi com a minha mãe). Mas também praguejo quando não dão flor nem refilam ou gozam de mim.  Sim gozar (metaforicamente falando) entenda-se quando elas depois de uma reprimenda murcham e ficam "de beiças" (zangadas).  Mas assim que arrebito as orelhas como um cachorro raivoso, a espumar pela boca (salvo seja) e arreganho os dentes é vê-las logo porem-se em posição vertical. É quando eu ameaço:" ou floresces ou vais daqui direitinha pó lixo, ouviste? Tás a ver este dedo? É assim que te quero: tesa." E com medo, não, respeito, lá se viram para cima e dão aquela flor que eu anseio ver.

Quando as saudades apertam o coração

É parvoice o que vou dizer, assumo. Podem me chamar piegas, aceito. As Pulgas estão de férias e estamos com saudades delas. É que as noites não são as mesmas sem elas. É pular, saltar, cantar, dançar e...desarrumar. Então para colmatar a saudade (eu sei, eu sei que elas não foram para a Austrália,eu sei, mas a saudade não sabe) o avô pôs a música que as Pulgas costumam dançar e cantar. Esta (clicar)

Na minha cama sim, mas com ela ou com ele?

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   Não sei se durma com uma que me dá umas biqueiradas com os pés que me põe a zaduelas coladas aos pulmões e eu acordo com falta de ar; além de meter os cotovelos nos olhos que nem os posso abrir. Se com um que leva a noite toda a partir pedra (com  um martelo hidráulico) que me faz acordar com o seu suave resfolegar, mas que dorme...quieto. Quiçá, por que leva umas cotovelas de vez em quando dadas cá por mim quando o som está acima dos decibéis permitidos por lei. A propósito, a ver se ...  Há algum homem que admita que ressona? E as mulheres ressonam?  Ou isso é um elemento embutido no pacote masculino? Fotografia: Rio Caldo, Peneda Gerês Férias 2009

Dar umas abertas

Acabei de falar com a matriarca da Família Pulguedo - a minha filha-que se encontra no Porto Santo. Uma ilha pertença da Madeira.  E diz-me ela que hoje deu umas abertas!! Filha, não é coisa que não saibas. Porto Santo é assim. Abertas só mesmo de vez em quando. "Olha-vê", tu toma cuidado! É que quando tá muito aberto, queima. E dói. Ai coitada da minha filha, sair da região para isso!     "Dar umas abertas" -expressão do falar madeirense.

Noite do Monte

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 Para os madeirenses a noite de 14 para 15 de Agosto é especial e de tradição para nós. É o arraial de Nossa Senhora do Monte* ou simplesmente Arraial do Monte e é provavelmente o maior arraial madeirense. O mê senhor e eu já estamos de partida. Não vamos para a diversão, mas sim para a barraca. É que montei uma barraquinha, maneirinha, de comes, bebes e pagas. Mais bebes que comes. E pagas. Atão nã queriam sair dali sem pagar!! O mê senhor, hôme prevenido, a primeira coisa que fez hoje, foi agarrar o seu caralhinho. Não fosse se esquecer dele em casa! Sim, que, sem caralhinho não há festa. E esta noite o caralhinho não pára quieto. E, enquanto o mê senhor mexe no seu instrumento de trabalho, eu vou-me agarrar ao chouriço. "Eita, aquilho é que vai ser vender poncha e pão com chouriço. Ver/ler aqu i o caralhinho.  *O Monte é um dos locais mais aprazíveis da Madeira. A freguesia do Monte, localizada a cerca de 9 Km do centro  e a 550 metros acima do nível do

Fim de semana, pois então!

À cão !!! Hoje é Sexta feira dia 13. Sétimo dia da semana e décimo terceiro do mês, no oitavo mês do ano. Agosto mês do desgosto.  E hoje já passei num vão de escadas.Vi dois gatos pretos: o Fuscas e o Crescido. Velas, onde estão a as velas para eu acender? Quero-as vermelhas e pretas para afugentar o azar, o olhado e os maus agoiros. Mas acima de tudo quero desejar: Um Bom Fim de Semana a quem por aqui passar. E não pensemos mais em bruxas, e usando as palavras de Cervantes - Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay. 

Mas se ontem fui Gata Borralheira ...

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Na piscina da Avogi  ...Hoje fui "A Sereia do Mississipi". Foi o dia de pôr-me de molho. Meti-me no poço de água doce e só saí quando estava murcha e o lodo a pegar-se nas dobras dos pneus. Na foto o avô Baleia, digo Golfinho, a transportar "As Pequenas Sereias". A avó?  Ora, quem julgam que tirou o retrato?

Quando uma mulher pensa que vai passar o dia...

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  "Espojada". A lastro (como se diz na Madeira). Grudada no sofá...Agarrada ao livro... Passa o dia... ...Agarrada ao balde, à esfregona, à vassoura e ao raio cu parta. Enfim...foi assim o meu dia.

Para quem está sempre a pedir chuva......

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  (Prazeres-Madeira. Captada  pelo meu senhor. AvoGI)  ...Delicie-se com este pôr do sol.  Magnífico. Com chuva não seria possível. Chuva parece ser a palavra mais ouvida em Portugal Continental pois que aqui na Madeira não se ouve. Chuva é sinónimo de casaco, botas, guarda-chuva. Chuva não rima com almoços no quintal, saídas à noite, convívios na esplanada. Chuva, chuva, chuva.  Não. Não. Não.  Nem mesmo chuva de Verão.

Verão - Estação do sexo

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  - Ao ouvir as recomendações neste verão aos jovens sobre o sexo casual; - Ao ler blogues em que este é um assunto de que se fala; - Ao constatar que no verão as hormonas estão no pico devido ao calor; - Ao saber que há mais relações sem compromisso e que a pressa é inimiga da perfeição na colocação do anticoncepcional, ou não há anticoncepcional à mão; Venho aqui deixar um método que é infalível. Foi testado por várias mulheres nos Estados Unidos (sim, é lá que se testa tudo e toda a gente acredita nos resultados) e em Portugal também. Meninas, falo agora para as meninas e senhoras que não querem ver a barriga crescer devido ao amor/sexo de verão. Usem o "Método do Melhoral." Perguntam-me vocês: Melhoral não é aquela pastilha para dores de cabeça? Respondo eu: - E engravidar não dá dores de cabeça? Então vamos lá tirar essa dorzinha. Quando o amor se transformar em loucura, após um beijo quente e um respirar ardente. Naquele momento de paixão em

Quem tem filhos tem cadilhos

 Quem pensa que não temos os melhores filhos do mundo está mal-enganado. Tivemos (eu e o mê senhor) uma surpresa (clicar na palavra). * Antes do jantar em casa da minha sogra, local onde nos reunimos todos os domingos, somente 15 para jantar, a minha filha e genro com os filhos dependurados-Família Pulguedo-a chamarem por nós. - Para vocês.- E dá-nos um papel. Um voucher. Uma estadia no Porto Santo. Umas mini-férias.  Ficámos muito agradecidos com as lágrimas a bailar nos olhos, a emoção na boca e o coração aos saltos.  São estes gestos, estas ocasiões  que fazem toda a diferença. Que nos unem. Que nos fortalecem, tornando-nos mais sólidos. E felizes. Vamos reunir a família: avós, os dois filhos, genro, futura nora e netos. Enfim, as  Pulgas da Avogi. Nem que se diga frequentemente "muito Obrigada" não chega para demonstrar a felicidade que sentimos nesse momento. E ainda sentimos. É o que todos os pais desejam: Fil

Olha, ouvi dizer....

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 ...Que um grupo de 9 homens bebeu 320 cervejas na sexta feira do rali "Vinho da Madeira"? Um deles era o mê senhor e um outro o pai Pulguedo. Mas eu bem que disse que este rali deveria chamar-se "Rali do Álcool em vez de "Vinho da Madeira." Ontem foi dias de deitar contas à vida ou seja à cerveja e já com a cabeça sem álcool, mas ainda em estado ressacativo fazer as contas bem feitinhas da quantidade ingerida. É que no dia do rali  a dúvida instalou-se entre eles: 360 ou 400? Uma breve resenha histórica deste grupo. Desde há muitos anos que o grupo se reúne na sexta feira do rali (é tolerância de ponto cá na região), ainda a minha filha usava fraldas, já lá vão 30 anos, íamos caminho acima até ao Poiso e Chão da Lagoa, com uma cesta de comer e uma de beber. Entretanto passou a ser o dia dos homens, que o das mulheres e filhos é no sábado seguinte. Reúnem-se pelas sete da manhã, cada um com um farnel (leia-se caixa térmica cheia de cervejas),

Ah, assim sim...

Duas Pulgas (netas). Uma nana (fralda de algodão usada para chuchar). Hora de dormir. Ambas querem a nana. Nenhuma faz intenção de desistir. Avó coça a cabeça. -Quem vai dormir sem nana? Nenhuma. Ambas lutam por um quadrado de pano. Bem... Pano, tesoura grande, dobrar a meio, vincar, cortar. Duas nanas. Uma para cada.

Alguém está disponível?

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 Será que alguém me pode dar uma mãozinha? De preferência com muitos dedos. É que as Pulgas deitaram ao chão umas mil e  tal peças do Lego, bem pequenas e não há mãos que cheguem para apanhá-las todas. Além de terem espalhado bonecos e mais bonecos grandes e pequenos, roupas, sapatos, fraldas, chuchas, biberons, colheres e panelas do jogo de cozinha. E ainda os pianos já sem teclas, a caixa registadora que já registou, mas agora não, o balde de praia com a pá o ancinho, a banheira do Nenuco que serviu para a Pulga se sentar. E ainda cores de cera com as quais se pintou a cara das bonecas, lápis de pau, folhas, bocados de  papel  já cortados, esfarelados e molhados da baba do Pulguito. E...quem vai se pôr como os alemães quando perderam a guerra ou seja de rabo no ar? Quem? A avó, pois claro.

Só é proibido comer bolachas. Torradas. não

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  - Não coma mais bolachas na sala.- Digo, aliás ordeno, à minha tia quando ela sentada de sofá trincava uma. Eu, de aspirador em punho, zango-me e explico que depois sou eu que tenho de pôr o "rabichol" no ar para limpar. - Tá bem. Não te zangues. Não te canses. Obedeceu. Não comeu mais bolachas na sala. Daí a instantes... - Ó diacho ainda há pouco aspirei...! Agachei-me para ver melhor que a vista já não alcança ao longe. Migalhas no chão. De...torradas. Comeu torradas. E foi comendo e sacudindo as  migalhas não só na sala, mas em todo o trajecto. Ai se eu lhe pudesse dar umas  "taponas no focinho" ou umas "relampadas nei beiças"!!

RTP/M

A nossa RTP/Madeira é...como hei-de dizer...uma coisa...fora do normal, aliás, é anormal, melhor dizendo. Não há nada como este canal de televisão, se se pode chamar canal aquilo, mas enfim dizem que sim e está lá no canto direito do ecran o seu logótipo. Adiante,está a decorrer nas nossas estradas pela ilha afora, o rali Vinho da Madeira. E sabem o que a RTP/M está a transmitir em directo? A Volta a Portugal em bicicleta. Não sei onde foram buscar a ideia para o slogan: "O que é regional é bom." E...coitados daqueles que só tem a RTP/Madeira! É que vêem repetição atrás de repetição dos cortejos...da Festa da For, do Carnaval, além do espectáculo pirotécnico do Final do Ano em...Abril, e outros que tais.

Pensamento meu: Verão

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Não há ninguém satisfeito com o Verão? Toda a gente se queixa: uns da falta de sol (como eu) outros do excesso de sol. Mas nunca ninguém está satisfeito? Já ouvi pedir chuva. Chuva? Quero lá saber dessa praga malvada que molha tudo e todos.  Eu gosto é do Verão...(até parece o Melo da Fúria do Açúcar...) e ponto final. No Inverno ouvia: ah, e tal, esta chuva, este frio, este vento, este tempo. Agora oiço: ah, e tal, este calor, este tempo, esta temperatura. Vamos a ver se nos entendemos com o tempo e com o clima para ficarmos todos sorridentes. Sem trombas, sem má caras. E se em coro pedíssemos para alterarem o calendário das estações do ano e passar só a haver: Outono e Primavera? Silêncio! Não oiço nada! Não me digam que ainda assim não serve! Poça, são mesmos insatisfeitos. Ou é só para contrariar?! Heim? Fotografia: Fajã dos Padres, Câmara de Lobos

Fim de semana, pois então!

E como tem sido apanágio nestes por cá, um dia sem sol por conseguinte sombrio. Mas nada que não impeça de se viver o rali Vinho da Madeira. Rali este, cujo nome não está de acordo com o que se consome nestes dias. Vinho Madeira? Cá nada. Cerveja. Muita Coral (a madeirense) e outras marcas, mas acima de tudo: poncha. Muita. Daí que torno  a dizer que o rali devia chamar-se "Rali da Poncha e da Cerveja" ou somente "Rali do Álcool". Por cá, Bom Rali, em segurança. Bom Fim de Semana para todos os que por aqui passam.

"Quem dá e tira nasce uma tira"

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Quando era criança (às vezes ainda sou, temos sempre uma criança dentro de nós) aplicávamos esta frase quando alguém, geralmente um alguém da mesma idade, dava algo e depois tirava. Foi assim com a Pulga. Ela ofereceu-me um colar. Escolhido por ela, comprado por ela, quando foi de férias a Lisboa: " Vou dar-lhe uma prenda que a velha cuida de mim!" Não, nada disso! Foi mais: " Pega lá, já que perdeste a cabeça por minha causa numa loja... pega e cala-te ". Não, também não.Foi mais: " Quando eu for de férias vou trazer-te uma prenda e há-de ser um colar  para depois eu usar." Este é que foi o pensamento!! E trouxe. Promessa cumprida.  Mas, como ia a dizer, ofereceu-me. Afinal, quem mais o usa é nada mais nada menos que ela própria. Eu? O quê? Colar? Sim, vejo-o, no pescoço dela. Usar? Claro, no dia em que ela me deu. Ao "despois"...nada. Mas não é ela que usa todos os meus colares? E todos ao mesmo tempo, note-se. Se a profe

Para recordar

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Estrada Regional 101. Hoje desactivada devido à sua perigosidade e queda de pedras. Em substituição construiu-se uma mão-cheia de túneis e viadutos que ligam São Vicente ao Porto do Moniz, Ilha da Madeira. Mas a sua beleza mantém-se fiel às origens. O fotógrafo? Ele mesmo: o mê senhor. Ver mais aqui . (clicar na palavra)

Quando so olhos do coração precisam de ver melhor que os da razão

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Ao pequeno almoço dou a pastilha de tomar em jejum à minha tia-velha. Ao lado coloco a caixa com a restantes e a embalagem do colírio para os olhos. As Pulgas sempre atentas e cuidadosas dizem: - Titia as gotas. Não te esqueças. .... - Não titia. Não é assim...!! Onde estão as gotas?- Pergunta a Pulga. Olho. Vejo minha tia a fazer a menção de ter engolido, pois fazia com o dedo o percurso. Colocou o indicador na garganta e desceu até ao estômago.. - Já estão aqui - diz ela. Atenção, algo de errado. Viro a cabeça para ela, pois estava a preparar a refeição das Pulgas e pergunto. - Onde deitou as gotas? - Na água. Satisfeita por ter feito algo certo? Sim, sem dúvida. Por isso os olhos do coração hoje tiveram...colírio.

Há um mês mais coisa menos coisa...

...Que ando aqui a brincar à Internet com a Zon Madeira. Foi há um mês que esta coisa começou a variar do miolo. Ou seja a vir e ir; a chegar e a partir; a entrar e a sair...a regressar... Um dia com...Um dia sem... Já estou pelas pelinhas com o serviço. Ora é do cabo, ora é do sinal. Pagar um serviço sem ter usufruto é lixado. Não que seja viciada (que vicio só de sapatos), mas... é como um injecção diária de amizade que preciso de levar na veia. E estou a ficar atrasada nas visitas e fico sem saber de novidades. Isto vai ter fim, ai vai, nem que seja à pedrada.

Deu-me uma recaída. Pensava que estava imunizada contra esta doença

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Não há nada mais romântico que olhar o pôr-do-sol a bordo de um cruzeiro. (Algures, entre Maiorca e Málaga, o meu pezinho)   Não, nada disso. Engano. Não há nada mais romântico que olhar para umas sandalitas novas. O pôr-do-sol, esse, até passou despercebido e esmoreceu! Julgava eu que o vício de olhar para montras com sapatos tinha passado, afinal não. Assim que vi sapatos, deu-me uma recaída. Forte, com perda de visão e de noção.  Eu...eu... perdi-me! O vício é uma droga e ao vê-los ali à mão, numa rua cheia de sapatarias, sem procurar, dá uma vontade de agarrar e snifar pelo nariz adentro. Ou melhor, pelos pés adentro. Não resisti a umas sandalinhas! Até consegui que o mê senhor, farto de me ver a entrar em todas as sapatarias e experimentar mil e novecentas sandálias porque: umas era a cor, outras, o modelo, a pele, a qualidade, o tamanho para o meu pé de Cinderela (38/39) já me dizia: "olha, ali tem mais uma sapataria." A ver se me despachava!

E eu? Sou um saco de batatas ou quê??

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  Ontem saímos à noite. Entre família e amigos em pacote familiar com Pulgas à mistura.  A tia-velha ficou na casa da minha sogra que se disponibilizou para fazer de beibi-sitere (inglês)  Lá em casa da sogra, o meu cunhado passa por ela e delicadamente, pergunta se ela está boa.  - Não. - Responde de mau humor. A minha cunhada volta à carga com a mesma pergunta. Levou com a mesma resposta: - Não. Mas...Qual a razão de tamanho mau humor? "Eles pensam que eu sou um saco de batatas. Tiram daqui... e põem ali. Tiram dali... e põem aqui. " E acrescento, este mau humor durou ...horas.